domingo, 16 de outubro de 2016

Onde se hospedar em Buenos Aires?

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Se você está vindo à Buenos Aires e está em dúvida de onde se hospedar, vou colocar aqui algumas dicas de bairros que facilitarão na sua decisão.
Se pensa em comprar um pacote casado, com voo e hotel, através de uma agencia de viagem, geralmente os hotéis estão nas zonas mais nobres da cidade ou perto de pontos turísticos. Vale lembrar que isso não é regra. Uma vez ou outra o hotel pode estar em uma zona perigosa e longe de tudo.
Agora, se você está montado a sua viagem e está comprando tudo separado, sugiro que busque se hospedar nos seguintes bairros:
 
Bairros bons: Palermo, Recoleta e Puerto Madero.
Classifico como BOM bairros seguros, iluminados, perto dos pontos turísticos, rodeados de bares e restaurantes e com várias opções de transportes públicos.
 
Palermo: Palermo é o maior bairro da cidade de Buenos Aires. Nele se encontra os maiores polos gastronômicos e de atividades ao ar livre. Neste bairro estão os famosos Bosques de Palermo.
 
Recoleta: Recoleta é um dos bairros mais nobres da cidade e onde estão as maiores e melhores grifes. A classe alta de Buenos Aires vive nesse bairro que fica muito bem localizado, muito próximo ao Centro.
 
Puerto Madero: Centro financeiro da cidade de Buenos Aires e também onde estão os restaurantes mais caros. Fica grudado a Reserva Ecológica Costanera Sur e está a aproximadamente 8 minutos, caminhando, do Obelisco.
 
Bairros Intermediários: San Telmo, Centro.
Classifico como INTERMEDIÁRIO bairros que estão perto de pontos turísticos, restaurantes e bares e transportes públicos, mas que não são tão iluminados e movimentados durante a noite.
 
San Telmo: O bairro de San Telmo é um dos mais antigos da cidade e tem um charme todo especial. As ruas de pedra te fazem voltar no tempo. Um bairro com muitos barzinhos e, consequentemente, um dos mais boêmios da Capital.
 
Centro: O Centro é movimentado, mas como é muito grande, tem a parte boa e não tão boa assim. Por ter uma concentração maior de gente, acaba sendo um pouco perigoso.
 
Bairros Ruins: Boca, Barracas, Constitución e Once.
Classifico como RUINS os bairros que embora estejam perto do centro e tenham uma grande gama de transportes públicos, acabaram “esquecidos” e tem alto índice de assaltos e são um pouco “desertos” na período da noite.
 
Boca: Boca é um ótimo bairro para se conhecer durante o dia, pois nele está o Estádio do Boca Juniors e o Caminito, a famosa rua de casas coloridas de Buenos Aires, porém para se hospedar ai, não é muito recomendado.
 
Barracas e Constitución: Em Barracas e Constitución além de não terem muitos atrativos turísticos, são bairros que não têm muita circulação de pessoas durante a noite.

Once: Vale lembrar que Once não é um bairro e sim uma parte do bairro da Balvanera, que passou a ser chamado assim, devido a Estación Once. Durante o dia tem muita gente circulando por aí, pois existem muitos comércios e camelôs. Se quer conhecer, acredito que toda experiência é válida, porém com a aglomeração de pessoas, a atenção com bolsas, celulares e carteiras devem ser redobradas. A noite o lugar fica deserto e a Plaza Miserere passa ser um ponto de encontro de consumidores de drogas.
 
Quanto a valores, isso vai depender muito do bairro escolhido e época do ano, se é alta ou baixa temporada, se é hotel ou se é hostel, se é uma ou cinco estrelas e assim por diante.
 
O mesmo critério pode ser utilizado para você que está vindo viver aqui, mas é claro que Buenos Aires tem outros bairros, que não são tão turísticos e que são muito bons. Em breve farei uma publicação mais detalhada para essas situações, mas aqui já dá para ter uma ideia.
 
Nesta publicação não quero enaltecer e muito menos discriminar os lugares citados. São lugares que eu não me hospedaria e outros que sim. Tudo vai depender do que você está buscando.
Outra ressalva, nos bairros citados como bons, devido a segurança, não quer dizer que não existem furtos ou assaltos. Os mesmo podem passar, em qualquer lugar, ou não.

Férias em Buenos Aires: o que levar?

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Quando estamos por viajar, qualquer que seja o destino, sempre nos perguntamos: o que levar na bagagem?
Nesta publicação tentarei orientá-los da melhor forma possível, com os itens imprescindíveis para que sua viagem não seja frustrante.
 
Adaptador: No mundo que vivemos hoje, sempre estamos conectados a internet e as redes sociais. Os aplicativos, nos celulares, passaram a fazer parte de nossas vidas e, por isso, não podemos ficar sem carregar o telefone celular. Por isso recomendo que tragam um adaptador de tomadas, pois aqui em Buenos Aires a maioria das tomadas são de três pinos quadrados, conforme a foto.
 
Como no Brasil pode ser complicado encontrar, uma vez que não temos esse tipo de tomada, em ultimo caso o adaptador poderá ser comprado aqui mesmo, numa casa de reposição de eletrônicos, uma casa de ferramentas, na Plaza de Mayo ou na Calle Florida, por um preço médio de $20 a $30 pesos, que hoje seria o equivalente a R$5,00 a R$7,50.
 
Guia Turístico: Mesmo estando na era digital, algo que não pode faltar nas mãos de qualquer turista é um Guia Turístico. Nunca sabemos o que pode acontecer, por isso é sempre bom ter em mãos um livrinho, com as informações turísticas e telefones de emergência. Agora, se você acha caro ou não encontra um guia da cidade de Buenos Aires, poderá fazer uma planilha, com informações extraídas da internet e imprimir. O Governo da Cidade de Buenos Aires tem vários postos de Atenção ao Turista e disponibiliza panfletos, com as principais atividades da cidade e/ou mapas para facilitar sua locomoção.
 
Cadeado: Sua mala seguramente virá com um cadeado, mas é sempre bom trazer um reserva, na bagagem de mão, pois sabemos que ele pode ser danificado ou até mesmo estourado de propósito. Então se for fazer conexão e notar algo estranho, já poderá substituí-lo imediatamente ou se faz um voo direto e percebe que seu cadeado está danificado, na volta já tem outro.
 
Documentação: Verifique se sua documentação está toda em ordem e dentro dos prazos de validade. Mantenham eles juntos e traga fotocópias na bagagem de mão. Na pior das hipóteses, tire foto do seu documento e salve no seu computador para que, em caso de perda, possa apresentar as copias para anexar num boletim de ocorrência ou apresentar no Departamento de Migração do aeroporto. Aqui na página já citei quais são os documentos necessários para vir para cá.

Medicamentos: Se você faz algum tratamento específico ou tem alguma doença crônica, não pode deixar de levar seus medicamentos.
Agora, se você não toma nenhum remédio constantemente, oriento que coloque na sua bagagem medicamentos simples, como Dipirona, Antigripal, Antitérmico, Engov e Eno. Nunca se sabe como seu corpo vai se comportar na viagem ou com a comida local.
 
As demais coisas, como roupas de frio e calor, sapatos e chinelos, botas e sapatos de saltos para as mulheres, são itens que, para qualquer viagem, são necessários. Tudo vai depender também da estação do ano que você virá e as condições meteorológicas para os dias de sua estadia na cidade.
Aqui você pode acompanhar as condições do clima.

Lembre-se de respeitar sempre o limite de bagagem que para Buenos Aires é de 23kg, na bagagem despachada, e 5Kg, na bagagem de mão.
Estes limites podem variar de acordo com a companhia e as vantagens de fidelidade oferecidas por elas.
 
Depois de tudo conferido, é só embarcar e curtir sua viagem!

Mudança para Buenos Aires: o que levar?

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No post anterior expliquei a importância do planejamento para uma mudança, à Buenos Aires. Aqui vamos saber o que trazer e como trazer, em caso de mudança de país.
Acredito que a dúvida de muitos que têm planos de viver aqui é: O que trazer?
 
Uma coisa que digo sempre é: Depende! Quando eu vim viver aqui, saí da casa da minha mãe, ou seja, eu não tinha móveis e nem eletrodomésticos. Por outro lado, tinha diversas coleções, roupas e coisas “inúteis”. Então você vai ter que ver em qual dessas situações você se encaixa:
 
Tenho roupas e coisas “inúteis” e vou morar num apartamento mobiliado: Se você vive com seus pais e não tem móveis e eletrodomésticos, somente roupa e coisas “inúteis”, você poderá vir de avião e trazer o que conseguir, respeitando o limite de bagagem que é 23Kg (por pessoa). Talvez essa seja a hora de você se desfazer de algumas coisas que não têm tanta importância na sua vida. Se alguém vai te acompanhar na viagem, sua situação começa a melhorar.
 
Tenho roupas e coisas “inúteis” e vou morar num apartamento sem mobília: Aí fica mais complicado, porque você vai ter que comprar as coisas aqui, ou trazer o que conseguir daí, em avião (que te garanto que não vai ser muita coisa) ou comprar aqui, que é tudo caro. Eu por exemplo, me enquadro neste caso. Só que ao invés de vir de avião, eu vim de ônibus e acompanhado.
 
Trouxe roupas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos e passei tranquilamente pela Aduana, na fronteira. Por outro lado, deixei muitas coisas “inúteis” na casa da minha mãe, como livros, CD's, DVD's e todas as minhas coleções, as quais pretendo trazer em cada visita ao Brasil ou através de meus parentes que venham me visitar.
 
Vale lembrar que a voltagem de energia na Argentina é 220V. Nos casos de eletrodomésticos e eletrônicos você deverá comprá-los:
 
 - Por internet e escolher a voltagem;
 - Comprar em regiões litorâneas do Brasil, que geralmente são de voltagem 220V;
 - Trazer tudo 110V e comprar um conversor de voltagem.
 
Tenho móveis e eletrodomésticos: Você poderá vendê-los antes de vir, poderá deixar na casa, caso ela seja própria, e alugar ela mobiliada ou pagar um frete de mudança, do Brasil até Buenos Aires, que com certeza sairá uma fortuna.
 
Tenho bicho de estimação: Esse é um assunto bem delicado, pois depende muito do animal de estimação que você tem e a burocracia que envolve para poder traze-lo. Aqui, neste site, você poderá se informar melhor a respeito deste tema.
 
Quando digo que roupas, sapatos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos são caros aqui, é porque são caros mesmo. Em muitos casos custa quase 3 ou 4 vezes mais do que no Brasil. Por isso, você tem que por na ponta do lápis e ver o que é o mais indicado na sua situação.
 
Gosto sempre se dizer que se está em dois ou mais pessoas, tudo fica ainda mais fácil: tanto para trazer, quanto para comprar aqui.
 
Depois de tudo decidido, é só embarcar rumo a sua nova cidade.

Mudando para Buenos Aires.

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Todos sabem que qualquer mudança é uma dor de cabeça e requer planejamento, paciência e resolução de problemas. Quando a mudança é para outro país, tudo isso acaba se duplicando.
Hoje vou relatar a vocês a minha experiência de mudança de São Paulo – Brasil X Buenos Aires – Argentina.

Quando vim à Buenos Aires pela primeira vez, em 2012, estava na Avenida 9 de Julio, nos pés do Obelisco e pensei: Um dia eu quero viver aqui!

Eu imaginava que isso ia acontecer, mas só depois que eu aposentasse, no Brasil. Eu mal sabia que o destino estava muito mais antecipado, rsrsrs.

Muitos fatores influenciaram na minha mudança para essa cidade. Fatores pessoais, emocionais e amorosos, mas vamos ao caso.

Quando decidi que era isso mesmo o que eu queria, passei a planejar minha mudança, com um ano de antecedência. No começo, as coisas parecem que não têm muito sentido, você não sabe por onde começar e quanto vai necessitar de dinheiro para viver na cidade/capital de um país que está em crise. Não sabe onde vai morar e em que vai trabalhar. É tudo muito louco.

Quando vão passando os dias, você vai percebendo que, se esse é o objetivo, tem que começar a implementar as ações planejadas.

Uma coisa que eu sugiro é montar um “roteiro de partida”, onde você terá que listar tudo o que terá que encerrar no Brasil, como contas bancárias, plano de saúde, plano de telefonia e internet, reconhecimentos de firma, procurações, carimbos e validações em certificados e certidões, rescisão de contrato de trabalho e aluguel. Se tem casa e carro próprio, o que fazer com eles e quem será responsável por isso, entre outros. Em contra partida, fazer em paralelo um “roteiro de chegada”, onde vai listar seus gastos no outro país, quanto vai gastar em documentação, valores de comidas e aluguel. Realizar pesquisas do mercado de trabalho, mediante seu grau de instrução, entre outros.

Eu senti o impacto da mudança, mesmo planejando tudo, antecipadamente e qualquer pessoa que mude de país, cultura, língua, vai sentir.

Chegar aqui sem saber nada do espanhol será algo desgastante e complicado. Por isso minha orientação sempre é a seguinte: se tem planos de viver aqui ou em qualquer outro lugar do mundo, vá antes de férias e fique no mínimo 15 dias na cidade, mas não realizando passeios somente, mas sim vivendo como morador. Tente se comunicar com as pessoas na rua, sinta a recepção delas, sinta a cidade como se você já morasse por ali. Não fique pedindo informação para tudo, mas sim faça e erre. Pegue o ônibus errado e tente resolver o problema. Vá na farmácia e tente comprar um medicamento. Vá ao médico e diga que está com dor de cabeça, mas use o atendimento médico público.
Dessa forma você vai ter uma ideia de como será a vida no lugar que você escolheu.

Costumo dizer que quando cheguei para viver aqui, me senti e continuo me sentindo um bebê: estou aprendendo a falar o idioma, estou aprendendo andar pela cidade, estou buscando meu primeiro emprego, comecei a fazer cursos, comecei a fazer amigos e assim por diante. Tudo isso exige muita paciência, pois é um trabalho de formiguinha.
Aqui, em Buenos Aires, a gente tem contato com muitos estrangeiros, principalmente da América Latina, e isso te obriga a abrir a cabeça ao novo, à cultura. Te faz ter um olhar crítico sobre diversos assuntos.

Vale lembrar também que, por mais que se planeje uma coisa, nunca ela sairá 100% conforme o programado. Existem algumas coisas que você não pode interferir, como por exemplo, aumentos de tarifas de água, luz, aluguel, entre outros, que são determinados pelo governo ou empresas.

Lembre-se que nada será perfeito e muito menos um mar de rosas. Todo o processo é desgastante e trabalhoso, mas, no fim, é recompensador.

Pé na estrada!

DNI Argentino: como solicitar?


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Os brasileiros que têm interesse em viver aqui, seja por estudo, trabalho ou qualquer outro motivo, têm que ter o documento argentino, chamado DNI (Documento Nacional de Identidad).

Vale lembrar que este relato é referente a minha experiência, em 14/04/16, e podem sofrer alterações com algumas pessoas.

Cheguei em Buenos Aires em 01/02/2016 e já solicitei o meu Certificado de Domicílio, na Comisaría mais perto de minha residência. Dentro de 72h dias eles vão até seu endereço para entregar o documento, onde contém seu nome, endereço, número de documento do Brasil e para qual a finalidade. Esse documento custou $10 pesos (Valor Fevereiro/16). No outro dia fui até o RNR (Registo Nacional de Residência), localizado na Calle Tucumán, 1353 Centro, para solicitar meus Antecedentes Penales Argentino.
***Comisaria: é uma espécie de delegacia de polícia e tem várias espalhadas pela cidade.

Optei pelo trâmite que tardava 5 dias úteis e paguei $60 pesos (Valor Fevereiro/16). Existem outros prazos, mais curtos, com valores mais altos. Tendo os dois documentos em mãos, entrei no site do Dirección Nacional de Migraciónes para solicitar o turno, ou seja uma data para entregá-los. Para meu azar, a data disponível era após dois meses, porém existe uma forma de entregar os documentos dentro de 24h, bastando para isso um pagamento de $1500 pesos (Valor Março/16).
Apenas a entrega será antecipada, o tempo para confecção do DNI será o mesmo: 90 dias.

Fiz o agendamento no site e escolhi a Sede Central, na Av. Antártida Argentina, 1355.
Durante os dois últimos meses, passei organizando os demais documentos: RG ou Passaporte Brasileiro, 1 Foto 4x4, com fundo branco, Antecedentes Penais Brasileiro, emitido pela Polícia Federal e o comprovante de agendamento do Migraciónes, enviado por e-mail.

Nesses dois meses também tive a informação que o Antecedente Penal Brasileiro deveria conter o carimbo do Consulado do Brasil na Argentina. Então fui até aí para solicitar a validação. É gratuito e fica pronto em cinco dias corridos.
Muitos dizem que não necessita esse carimbo, mas ninguém sabe informar ao certo. Por isso, sempre recomendo que vale a pena pecar por excesso, uma vez que o tramite é gratuito e não demora quase nada.

Ao chegar no endereço, no dia agendado e seguro de que estava tudo certo, tive a grande surpresa: meu atendimento não seria realizado na Sede Central e sim no endereço Sanabria, 2099, justificando que na Central são realizadas somente os trâmites de província de Buenos Aires e algumas comunas da capital. A unidade responsável pela minha comuna (13) era a desse endereço. Sendo assim, me dirigi ao endereço informado e realizei o trâmite.
***Comunas: são conjuntos de bairros, que juntos formam uma comuna.
***Província: é o Estado de Buenos Aires. Aqui os Estados se chamam assim.

A primeira coisa que vão fazer é conferir o comprovante do turno, o antecedente penal argentino e a foto 4x4. Após esse processo, vão te direcionar a outro setor, onde vão solicitar seu documento de identificação brasileiro, antecedente penal brasileiro e certificado de domicílio. Depois vão te dar um boleto, para fazer o pagamento no novo valor: $660 pesos (Abril/2016). Como nessa unidade eles não possuem caixa para recebimento, como a Sede Central, você deverá sair e realizar o pagamento num Kiosco que tem na esquina e voltar para entregar o comprovante.
*** Kiosco: são lojinhas que vendem de tudo e tem um em cada esquina, praticamente. Alguns aceitam pagamentos, tiram cópias, internet e cabines para chamadas internacionais.

Após a entrega do comprovante, vão pedir para que aguarde, até que fique pronta a sua precária. Assim que pronta, eles te entregam e você já pode ir pra casa. Dentro de 60/90 dias vão entregar o DNI em sua residência, citada no Certificado de Domicílio.
***Precária: uma espécie de protocolo, confirmando a entrega de seus documentos. Nela não contem o número do seu DNI. Apenas possui seus dados pessoais.

Farão duas tentativas de entrega e, tendo a negativa das duas, vão deixar dois avisos e, no último, conterá um telefone de contato, o qual deverá ser chamado para os próximos passos e local para retirar o documento.

Então, lembrando os documentos:

 - RG ou Passaporte Brasileiro Original.
 - 01 Foto 4x4 com fundo branco.
 - Certificado de Domicílio Argentino.
 - Antecedente Penal Argentino.
 - Antecedente Penal Brasileiro, validado pelo consulado do Brasil.
 - Comprovante de Agendamento de Migraciónes.
 - $660 pesos para pagamento da taxa.
***Não precisei cópia de NENHUM documento.

Todo o processo durou em torno de 3 horas aproximadamente.
Já acompanhei uma outra pessoa, na Sede Central, e tiveram algumas mudanças no processo, básicas, mas tiveram.

Obs: neste dia, na Sede Central, haviam algumas pessoas que tiveram o mesmo problema que eu e foram encaminhadas as suas respectivas unidades, conforme a sua comuna.
Mais uma vez digo que essa foi a minha experiência.
 
Clicando aqui, você será direcionado ao site do Dirección Nacional de Migraciónes, onde poderá ter acesso a informações, solicitação de turno e valores atualizados para o trâmite do documento.

Boa sorte a todos.

Primeira vez em Buenos Aires: o que fazer?

Imagem: Victor Domingues
Se você está vindo para Buenos Aires pela primeira vez, imagino que você tenha vontade de conhecer toda a cidade, certo?
Costumo dizer que Buenos Aires é uma São Paulo reduzida, porém, mesmo sendo menor, é praticamente impossível conhecê-la toda, de ponta a ponta.

Tudo vai depender da quantidade de dias que você tem disponível e seu orçamento para esta viagem.

Existem diversos pacotes oferecidos por agências, que incluem os principais pontos turísticos, num city tour ou a parte, e traslado. Quando eu vim pra cá, na primeira vez, optei por um pacote e, sinceramente, me atendeu muito bem dentro daquilo que eu esperava. Era minha primeira viagem para fora do país, então achei necessário fazer tudo com um suporte.

Na segunda vez, fiz tudo por conta própria, pois já conhecia a cidade e já tinha uma noção de como me locomover e o que realmente eu queria, naquele momento.
 
ROTEIROS
Aqui vou colocar alguns lugares que não podem deixar de ser visitados, de acordo com os dias que você passará por aqui:

Roteiro de 05 dias: Obelisco, Av. 9 de Julio, Teatro Colón, Casa Rosada, Plaza de Mayo, Estación Retiro, Torre de los Ingleses, Plaza San Martin, Catedral Metropolitana, Calle Florida, Puerto Madero, Puente de la Mujer, San Telmo, Mafalda, La Boca, Caminito, La Bombonera, Palermo, Bosques de Palermo, Planetário Galileu Galilei, Recoleta, Floralis Genericas, Cementerio da Recoleta e El Ateneo Grand Splendid.

Roteiro 07 dias: Obelisco, Av. 9 de Julio, Teatro Colón, Casa Rosada, Plaza de Mayo, Estación Retiro, Torre de los Ingleses, Plaza San Martin, Catedral Metropolitana, Calle Florida, Puerto Madero, Puente de la Mujer, San Telmo, Mafalda, La Boca, Caminito, La Bombonera, Palermo, Bosques de Palermo, Planetário Galileu Galilei, Recoleta, Floralis Genericas, Cementerio da Recoleta, El Ateneo Grand Splendid, Jadín Botánico, Tigre, Barrio Chino e Reserva Ecologica Costanera Sur.
 
Roteiro 10 dias: Obelisco, Av. 9 de Julio, Teatro Colón, Casa Rosada, Plaza de Mayo, Estación Retiro, Torre de los Ingleses, Plaza San Martin, Catedral Metropolitana, Calle Florida, Puerto Madero, Puente de la Mujer, San Telmo, Mafalda, La Boca, Caminito, La Bombonera, Palermo, Bosques de Palermo, Planetário Galileu Galilei, Recoleta, Floralis Genericas, Cementerio da Recoleta, El Ateneo Grand Splendid, Jadín Botánico, Tigre, Barrio Chino, Reserva Ecologica Costanera Sur, Colônia del Sacramiento (Uruguay), Zoológico e Plaza Itália.

Roteiro de 15 dias: Obelisco, Av. 9 de Julio, Teatro Colón, Casa Rosada, Plaza de Mayo, Estación Retiro, Torre de los Ingleses, Plaza San Martin, Catedral Metropolitana, Calle Florida, Puerto Madero, Puente de la Mujer, San Telmo, Mafalda, La Boca, Caminito, La Bombonera, Palermo, Bosques de Palermo, Planetário Galileu Galilei, Recoleta, Floralis Genericas, Cementerio da Recoleta, El Ateneo Grand Splendid, Jadín Botánico, Tigre, Barrio Chino, Reserva Ecologica Costanera Sur, Colônia del Sacramiento (Uruguay), Zoológico, Plaza Itália, La Plata, Catedral de La Plata, Parque de La Costa (Tigre) e Rosário (Província de Santa Fé).

Essas são algumas sugestões de passeios, que podem variar de acordo com seu interesse. Em nenhum deles inclui Museus ou Casas Culturais e isso Buenos Aires tem muito. A visita nos museus são baratas e, em alguns casos, de acordo com o dia da semana, são gratuitos.

Pergunta típica: Dá pra fazer mais ou menos coisas que as citadas, com os respectivos dias?
- Sim, é possível. Tudo vai depender do seu espirito aventureiro, disponibilidade, locomoção e, principalmente, seu intuito nesta viagem.

AEROPORTOS
Buenos Aires possui dois aeroportos: Aeroparque e Ezeiza. O Aeroparque está localizado no centro da cidade e isso facilita muito na locomoção para sua hospedagem.
 
Já o aeroporto Ezeiza está numa distancia de, aproximadamente, 35 km do centro. Esse é bem maior que o primeiro e os preços das passagens de embarque e desembarque nele, são menores. O que deve ser analisado é o que será gasto no transporte, até sua hospedagem, com taxi.
 
TRANSPORTE
A cidade de Buenos Aires é uma cidade que conta com metrô, ônibus, trem, premetro, taxis, Uber e bicicletas.

Metrô: o metrô de Buenos Aires, chamado de Subte, é o meio de transporte mais rápido e, por outro lado, o mais antigo. Foi o primeiro metrô da América Latina, inaugurado em 1913. As condições não são tão boas, pois nem toda a frota foi renovada. Sendo assim, você pode ter a sorte de tomar um metrô com ar condicionado ou o azar de tomar um sem, mas é muito funcional. As linhas de metrô seguem, geralmente, as principais avenidas da cidade e a orientação nos mapas são muito claras e objetivas, o que facilita o deslocamento do turista e do morador.
Para ter  informações de horários de funcionamento, tarifas e linhas, clique aqui.
 
Ônibus: Mais conhecidos como Colectivos ou Autobús, funcionam durante 24h, na cidade. Os pontos sempre estão bem identificados com o número do ônibus que param por alí, o que facilita na orientação do turista e do morador. Recomendo que baixem aplicativos, como por exemplo Moovit ou Como Llego, para simular rotas e eleger o ônibus que mais atende sua necessidade. Os ônibus não aceitam pagamento em dinheiro, assim como os demais transportes coletivos, exceto Uber e os taxis. O pagamento deve ser realizado mediante um cartão magnético, recarregável, chamado Sube.
O cartão pode ser adquirido em lojas oficiais e credenciadas, espalhadas pela cidade, bem como a recarga dos valores.
Você poderá saber mais sobre o cartão clicando aqui. E aqui, saberá onde adquirir seu cartão.

Trem: Os Ferrocarriles também facilita no transporte diário dos moradores e dos turistas. Alguns deles vêm sendo modernizados, outros são mais antigos. Os trens de Buenos Aires transportam os passageiros pela cidade autônoma, para a província de Buenos Aires e para as Províncias (Estados) do país.
Para encontrar as principais linhas, clique aqui.
 
Premetro: O Premetro é um de metrô de superfície, que faz conexão com a linha E do metrô (lilás). Embora ele seja semelhante a um bondinho, é muito moderno e equipado com ar condicionado.

Taxis: São mais de 5000 veículos amarelos e negros, rodando pela cidade, 24 horas por dia. Mais que uma opção de transporte, os taxis de Buenos Aires se tornaram parte da cidade e dão um charme ainda mais especial ao lugar.
Para os brasileiros que vêm de férias, é uma boa opção, principalmente se têm receio de circular com os transportes citados anteriormente e não são tão caros como nas grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo.
Para quem mora aqui, o taxi é usado em caso de emergência e/ou pressa, uma vez que os outros transportes são muito, muito mais baratos.
Como em todo lugar do mundo o taxista é um amor ou um horror, mas isso vai da sua sorte. Na maioria de minhas experiências, quando turista, sempre fui muito bem tratado e batíamos altos papos em um portunhol improvisado.

Uber: O Uber está chegando recentemente na cidade e, como já era esperado, causando uma polêmica. Nunca utilizei o serviço, mas cito aqui para que vocês saibam que existe.

Bicicleta: As bicicletas verdes chamam a atenção pela cidade e todos acham que é para passeio, mas na verdade elas são um meio de transporte sustentável gratuito oferecido pelo Governo.
Os moradores se cadastram no site do EcoBici e apresentam os documentos necessários para obter um cartão magnético, que possibilita retirar uma bicicleta em uma das estações.
O turista também pode utilizá-las, bastando para tanto o cadastro online ou presencial no EcoBici.
O serviço está disponível 24h e a cada uma hora você deve devolver a bicicleta em alguma das estações.
Para acessar as  informações sobre as EcoBici's para turistas e forma de cadastro clique aqui. Como disse, as bicicletas não são para lazer e passeios e sim um transporte sustentável gratuito.
 
Para finalizar o assunto transporte, vale informar que a cidade de Buenos Aires e completamente plana e um meio de transporte que você pode utilizar é a SOLA DO PÉ. Caminhar por essa cidade é incrível, tudo é muito perto e bem sinalizado. Tudo aqui é baseado em quadras, então se pede informação na rua, vão sempre te orientar quantas quadras você deverá andar para chegar ao seu destino.

CLIMA
As estações do ano são muito bem estabelecidas e isso me impressionou quando já estava vivendo aqui e mudou a estação do verão para outono. Impressionante o como mudou de um dia para o outro.

No outono as temperaturas oscilam entre 20°C e 8°C. No inverno ficam baixíssimas, entre 8°C e -3°C. O verão é insuportável, com muito calor e o clima úmido da cidade faz com que a sensação térmica seja ainda pior. Para se ter uma ideia, eu aguentei 43°C no Rio de Janeiro, com sensação térmica de 46°C, tranquilo. Aqui, com 35°C eu já estou passando mal. Na primavera a temperatura é mais tranquila e os argentinos festejam esta data. As pessoas se jogam nos parques para aproveitar o sol e o Governo realiza alguns eventos bem interessantes nesta época do ano.

NÃO FALO ESPANHOL
Se você tem planos de vir para cá, de férias e não fala o idioma, não deixe de vir. Acaba sendo mais complicado, mas não impossível. Os argentinos, a maioria deles, tentam entender e te ajudar da forma deles, para dar informações, nas lojas, no taxi... Quando vim a primeira vez, não falava nada de espanhol e conversei com muita gente, fiz amizades e curti demais esse lugar.
Uma coisa que acho que vale a pena pelo menos é estudar palavras básicas, como “Obrigado”, “Licença”, apresentação pessoal e o nome das comidas, para você não passar pela situação de pedir uma comida que viu no cardápio e não saber o que vai vir no prato.

Se você tem o idioma do básico em diante, vai tirar de letra passar suas férias aqui.

Agora, se você está vindo para morar, pelo menos o básico e uma noção de pronuncia tem que ter. Você vai ter que viver na cidade e tem que entender as pessoas e se comunicar com elas.
 
Nas próximas publicações, vamos abrir com mais detalhes e com exemplos do meu dia a dia cada um dos tópicos citados acima.
 
Até breve.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Dólar, real ou peso argentino? Qual é a melhor opção de moeda, em Buenos Aires?

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Acredito que essa é a pergunta que mais escuto dos brasileiros que estão por visitar Buenos Aires.
Na Argentina usamos o PESO ARGENTINO. É uma moeda que está muito desvalorizada e acaba sendo um grande atrativo aos brasileiros.

Todas as vezes que vim de férias para Buenos Aires, sempre usei a moeda local, ou seja, o PESO ARGENTINO. Tudo isso pela comodidade e a segurança durante as compras.

Muito se comenta que o REAL e o DÓLAR são bem aceitos na cidade. Sinceramente, são poucos os lugares que aceitam e, no meu ponto de vista, não vale a pena.

Outras pessoas preferem trazer essas moedas e realizar o câmbio em casas oficiais ou não, aqui em Buenos Aires. Quando você realiza o câmbio na casa oficial, não vejo vantagem. Agora se você se sente seguro em realizar o câmbios em casas não oficiais, na Calle Florida existem muitas pessoas oferecendo esse tipo de serviço.

Existe também os cartões viagens, oferecidos por casas de câmbios, que consiste em um cartão, semelhante aos de créditos, porém são pré-pagos e podem ser recarregados no decorrer de sua viagem. A vantagem é a segurança de não andar com cédulas e, em caso de perda do cartão, o mesmo pode ser bloqueado, através de uma central. Por outro lado, a desvantagem é que ele não é aceito em todos os lugares. As vezes você está caminhando pela rua ou numa feira de artesanato e vê algo que gostou muito, mas não pode comprar porque o "estabelecimento" não aceita o cartão.

Ultimamente algumas casas de câmbio, no Brasil, não estavam trabalhando com o PESO ARGENTINO devido uma onda de notas falsas.
Sendo assim, aconselho que se você tem interesse em trazer dinheiro em espécie, que seja o PESO ARGENTINO e que o câmbio seja efetuado no Banco de La Nación Argentina (São Paulo e Porto Alegre) ou em casas de câmbio de sua confiança e/ou que possuam a moeda.

Sempre oriento as pessoas que, se possuem cartão de crédito e débito internacional, solicitem o aviso viagem junto aos seu banco, para qualquer emergência. Quando efetuadas compras no cartão de crédito, a cotação é feita em dólar, conforme a cotação no dia do fechamento de sua fatura. Quando efetuada em cartão de débito, a cotação é feita em dólar, conforme a cotação no dia da compra.

Outra dica é que, ao realizar uma compra com cartão de débito por aqui, que seja vinculado a conta corrente, o mesmo deverá ser informado ao vendedor ou caixa, dizendo: "Débito, cuenta corriente". Assim, durante a seleção do pagamento na máquina, o vendedor já está orientado e sua compra será bem sucedida.

Agora se você está vindo viver em Buenos Aires, a história é diferente. Recomendo que você traga o dinheiro em espécie e em REAL. Você estará aqui em tempo integral e pode realizar câmbios com a moeda brasileira, em lugares de sua confiança e de acordo com a sua necessidade.
Você pode sair do Brasil com no máximo R$10 mil, por pessoa, sem necessidade de declarar junto a Receita Federal. Neste link, contem mais informações aqui.

Vale lembrar que todas essas informações estão baseadas na atual conjuntura econômica de ambos os países.

Documentação necessária para viajar á Buenos Aires

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Quando o assunto é viagem internacional, a primeira coisa que pensamos é a documentação necessária para ingressar ao país.
Devido acordos internacionais, hoje, para ingressar na Argentina, não é necessário visto e passaporte. Com apenas o RG, os brasileiros podem ingressar ao país e ficar com o visto de turista por até 90 dias. Caso você tenha passaporte, também poderá ingressar com ele, portanto que esteja dentro da validade.

Existe um assunto que é bem polêmico, referente a validade do RG para viagens. Segundo o site do Consulado Brasileiro na Argentina, não existe um prazo de validade para os RG's. Solicitam apenas que o documento esteja em bom estado.

No meu ponto de vista, acho que vale a pena “pecar por excesso”. Para solicitar uma segunda via de RG, no Brasil, não é muito caro e fica pronto muito rápido.
Pensa comigo: você planejou a sua viagem para Buenos Aires, com toda a dedicação, está investindo e está super ansioso. Sendo assim, acho que não vale a pena correr o risco de chegar no aeroporto e ser barrado ou ter que armar uma confusão por algo tão simples e barato, que é um RG.

Neste link, você poderá encontrar algumas oientações importantes em relação a documentação clicando aqui.

Boa viagem!